Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.*
A capital da Argentina, Buenos Aires, sedia até sexta-feira o Congresso Mundial Florestal, promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, em parceria com 150 países, entre eles, o Brasil.
Em sua 23º edição, o encontro discutirá temas como bioenergia, combate à mudança climática e uso sustentável dos recursos florestais.
Manutenção do Clima
O tema do Congresso neste ano, "Desenvolvimento Florestal, Equilíbrio Vital" pretende chamar a atenção dos países para a importância das florestas na manutenção do clima e na vida no planeta.
Para o diretor da divisão de ordenação florestal da FAO, José Antonio Prado, as discussões são ainda mais relevantes. Ele lembra que em dois meses, será realizada a Conferência da ONU sobre Mudança Climática, em Copenhague, na Dinamarca.
O professor titular da Universidade de São Paulo, Leonardo Gonçalves, disse à Rádio ONU, de Buenos Aires, que uma das formas de se preservar a floresta é proteger as comunidades que dependem diretamente dela.
Amazônia e Mata Atlântica
"Uma das idéias para diminuir a devastação da floresta é valorizá-la junto aos serviços ambientais prestados pelos nativos e pelas comunidades que vivem na região", afirmou.
Leonardo Gonçalves, que é um dos representantes do Brasil no Congresso, destacou que serão discutidas no encontro alternativas sustentáveis para o aproveitamento dos recursos da Amazônia e da Mata Atlântica.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.*
Os danos provocados pela mudança climática podem estar superando as previsões, de acordo com um novo relatório do Painel Internacional sobre Mudança Climática, Ipcc.
O documento divulgado nesta sexta-feira revela que alguns eventos ambientais previstos para acontecer em longo prazo já começaram ou devem ocorrer antes do que se imaginava.
Amazônia
Cientistas envolvidos na pesquisa demonstraram preocupação com as prováveis mudanças bruscas no perfil do clima na Amazônia, no Saara e no oeste da África.
Já o derretimento das camadas de gelo nas regiões polares também parece estar acontecendo com mais rapidez do que o previsto. Na Groelândia, o fenômeno atingiu uma taxa de ocorrência 60% maior do que a esperada para o período em 1998.
Outro dado importante aponta para o crescimento excessivo das emissões de carbono, principalmente nos países desenvolvidos. O total dessas emissões cresceu 3,5% ao ano, de 2000 a 2007, quase três vezes mais do que o período entre 1990 e 1999.
Urgência
O documento pediu ainda urgência na assinatura de um novo acordo climático para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
Um novo pacto entre os países está previsto para ser assinado em dezembro, durante a Conferência de Copenhague, na Dinamarca.
Apresentação Eduardo Costa, da Rádio ONU em Nova York.
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