Relatório da Unesco revela que maioria dos aquedutos subterrâneos, conhecidos como "karez", secaram.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.*
Desde 2005, mais de 100 mil pessoas no norte do Iraque foram forçadas a abandonar suas casas, como consequência da escassez de abastecimento de água na região.
A informação faz parte de um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Secas
A Unesco estima que outras 36 mil pessoas no norte do Iraque estejam prestes a deixar a região, caso a situação não mude.
Segundo a pesquisa, as secas e o bombeamento excessivo de água diminuíram os níveis dos aquedutos subterrâneos, que os iraquianos chamam de "karez".
Esse sistema é responsável por oferecer água potável à população local e é conhecido por sua capacidade de manter o abastecimento mesmo durante temporadas sem chuva.
No entanto, o estudo da Unesco confirma que, com o início da seca, quatro anos atrás, 70% dos aquedutos ficaram sem água. O bombeamento do fluxo por máquinas modernas também foi responsável por esse declínio.
Políticas de Restauração
De acordo com a agência da ONU, apenas 116 dos 683 aquedutos da região continuam funcionando.
O estudo produzido pela agência é o primeiro do gênero no país. Ele será oferecido ao governo local como ferramenta para a aplicação de políticas de restauração do abastecimento de água.
*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Expositores: Pedro Jacobi (FE e Procam), Wagner Costa Ribeiro (IEA, FFLCH e Procam), Sonia Giaesella (Procam) e Silvia Zanirato (UEM)
Debatedores: Leo Heller (UFMG) e Norma Valencio (UFSCar)
Coordenadores: Ana Paula Fracalanza (Procam) e Paulo Sinisgalli (EACH)
Data: 6 de maio de 2009
Duração: 1h56min
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