Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.
Fortalecer as leis internacionais de proteção ao meio-ambiente em tempos de guerra pode evitar que a natureza seja prejudicada. A afirmação faz parte de um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, Pnuma.
O lançamento do estudo acontece no Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio-Ambiente em Guerras e em Conflitos Armados.
Ecossistemas
No relatório, especialistas da agência recomendam mais precisão no cumprimento das leis e na compreensão de que as guerras podem causar danos ambientais persistentes por meses ou anos.
Outras recomendações incluem o uso de instrumentos legais para evitar que os conflitos alcancem ecossistemas essenciais para a dinâmica ambiental, como florestas naturais, terras agricultáveis, parques e aquíferos.
O documento afirma ainda que as leis internacionais para regular condutas durante a guerra foram criadas em um momento onde as guerras eram entre Estados.
Conflitos Internos
Hoje, como a maioria dos conflitos acontece internamente, é preciso atualizar os mecanismos de regulação que, muitas vezes, não abrangem a nova realidade.
Em mensagem para marcar a data, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que todas as nações adaptem os instrumentos legais que possuem para permitir que a natureza também seja protegida durante conflitos internos.
Relatório aponta que escossistemas marinhos são os novos grandes aliados contra as alterações climáticas; estudo divulgado na África do Sul pede investimentos na preservação do fundo do mar.
Maria Cláudia Santos, da Rádio ONU em Nova York.
Os governos interessados em combater as mudanças climáticas devem investir na criação de um fundo de "carbono azul", voltado para a manutenção e a reabilitação dos oceanos.
O alerta consta de relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, em conjunto com a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Emissões
O estudo elaborado pelas três agências da ONU mostra que grande parte das emissões de carbono está sendo absorvida e armazenada pelos ecossistemas marinhos.
Os manguezais, restingas e algas funcionam como uma espécie de reservatórios de carbono, impedindo que os gases poluentes retornem à atmosfera.
O documento afirma que a redução do desmatamento em terra e a manutenção da saúde do fundo do mar poderiam diminuir em até 25% os impactos das emissões, evitando alterações climáticas perigosas.
Para isso, são necessários investimentos, já que 7% dos escossistemas marinhos são perdidos anualmente e precisam ser restaurados.
Aliados
O sub-secretário-geral e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, lembrou que o mundo já sabia que o fundo do mar representa trilhões de ativos em dólares ligados a setores como o turismo, defesa costeira, pesca e serviços de purificação de água.
Além disso, agora, ele desponta também como grandes aliados naturais contra as mudanças climáticas e precisa ser cuidado.
O relatório das três agências da ONU foi divulgado durante série de eventos sobre questões marinhas realizados este mês, na África do Sul.
O documento antecede a convenção sobre alterações do clima que será realizada pela ONU em Copenhague.
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