Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
O diretor executivo do Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, Achim Steiner, defendeu nesta sexta-feira o papel desempenhado pelo Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas, Ipcc, na avaliação das alterações do clima no mundo.
Em artigo publicado no site do Pnuma, Steiner cita representantes de mídia e céticos que estariam analisando cada detalhe do Ipcc nas últimas semanas devido a um erro de taxa exagerada sobre o desaparecimento das geleiras do Himalaia.
Brincadeira
Ele ressaltou que alguns estariam inclusive tratando as alterações climáticas como um brincadeira comparada ao chamado 'bug do milênio', na virada do século.
Segundo Achim Steiner o resultado seria confusão pública sobre o questionamento do Ipcc e seu presidente, com proporções parecidas a uma caça às bruxas.
Ele disse que agora é hora para checar a realidade. O diretor executivo do Pnuma afirmou que está certo apontar erros e fazer correções, mas pediu para o mundo colocar de lado o mito de que a ciência da mudança climática é um rombo e está se afundando rapidamente em um mar de mentiras.
Mentes Científicas
Achim Steiner lembrou que, em 22 anos, o Ipcc elaborou estudo baseado nas melhores mentes científicas, especialistas indicados por governos, para avaliar a evolução dos acontecimentos ambientais e seu impacto sobre economias e sociedades.
Steiner enfatizou que o relatório de 2007 do órgão apresenta a melhor avaliação de risco disponível, apesar do erro de digitação na declaração do derretimento glacial do Himalaia. Ele avaliou que o consenso alcançado foi muito alto, com 90% de chance de estar correto.
O diretor executivo do Pnuma ressaltou que o Ipcc pode ter falhas mas continua sendo o melhor e mais sólido fundamento que existe para uma comunidade de mais de 190 nações para as futuras escolhas globais.
Autor: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York*.
Programa lançado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação prevê múltiplos doadores, primeiro país a contribuir é a Finlândia; agricultura é uma fonte importante de gases que provocam o efeito estufa, contribuindo com cerca de 14% do total das emissões.
Apoio para agricultura
A Finlândia é o primeiro país a contribuir para o programa de apoio a mitigação de mudanças climáticas no setor agrícola nos países pobres, lançado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
Orçado em US$ 60 milhões, cerca de R$ 100 milhões, o plano envolve múltiplos doadores e visa promover uma agricultura sustentável de baixo teor de carbono nas nações em desenvolvimento, nos próximos anos.
Apoio
Um comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira pela agência das Nações Unidas e pelo governo finlandês indica que o país nórdico vai fornecer um apoio inicial de cerca de US$ 4 milhões, quase R$7 milhões, para o período 2010-2011.
A agricultura é uma fonte importante de gases que provocam o efeito estufa, contribuindo com cerca de 14% do total das emissões. Mas o setor também tem um forte potencial para reduzir esses gases nocivos, retirando dióxido de carbono da atmosfera e sequestrando-o nos solos.
O diretor-geral assistente da FAO, Alexander Muller, disse que já existem muitas tecnologias apropriadas e práticas de cultivo para sequestrar o carbono em pequenas parcelas agrícolas.
Ele adiantou que essas práticas podem também ajudar a reduzir a fome e a pobreza.
Potencial
Muller disse contudo que ainda existem muitos obstáculos que precisam ser ultrapassados antes da adoção dessas novas técnicas e práticas. O programa da FAO tem por principal objetivo desbloquear o potencial da mitigação no setor agrícola.
O novo plano foi lançado em Copenhague, na Dinamarca, no quadro da conferência da ONU sobre Alterações Climáticas que teve início na segunda-feira.
*Apresentação: Leda Letra, Rádio ONU, Nova York.
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Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, lançou no Brasil o guia "Direitos Humanos na Mídia Comunitária - A cidadania vivida no nosso dia a dia". A publicação foi organizada pelo escritório da Unesco em Brasília, em parceria com a ONG Oboré.
O guia eletrônico, de 38 páginas, escrito de forma clara e simples, foi criado especialmente para as rádios comunitárias brasileiras e traz noções básicas de civilização, direitos sociais, culturais e políticos.
Spots
O material serve como ferramenta para líderes comunitários e pode ser usado em rádios, páginas eletrônicas ou até em reuniões de escolas, sindicatos ou igrejas. A publicação está disponível somente pelo site da Unesco e o download é gratuito.
O projeto inclui uma série com dez spots de rádio sobre direitos dos idosos e das pessoas com deficiência; direitos das mulheres; violência familiar e nas escolas e até o que fazer em caso de abordagem policial.
Todos os spots também podem ser baixados no site da Unesco. Segundo a agência da ONU, o guia contém o texto completo da Declaração Universal dos Direitos Humanos e destaca a importância da promoção da cidadania, ética, respeito mútuo e atitudes de não-violência.
Filmes que serão veiculados em emissoras de TV pedem o fim do preconceito contra gays, negros, refugiados, pessoas com HIV e usuários de drogas; seis escritórios da ONU organizam o projeto.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas lançaram nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, a campanha "Igual a Você", para diminuir o estigma e o preconceito no Brasil. A proposta é chamar a atenção para a discriminação sofrida diariamente por gays, negros, pessoas com HIV, refugiados, profissionais do sexo e usuários de drogas.
A campanha é formada por dez vídeos de 30 segundos cada, que serão veiculados gratuitamente por emissoras de televisão em todo o país. Os filmes destacam os direitos humanos, com mensagens gravadas por lideranças dos grupos discriminados, considerando diversidades de idade, raça e etnia.
Agências
O Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil, Unic-Rio e outras cinco agências da ONU lideram a iniciativa: a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco; o Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids; o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur; o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher,Unifem.
O coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, falou à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, sobre a importância de usar a mídia para combater o preconceito.
"O objetivo desta campanha é trazer à pauta da mídia, da sociedade brasileira a questão da discriminação e estigma. E construir uma agenda efetivamente positiva do ponto de vista do debate, da reflexão, sobre os direitos humanos em nosso país", relatou.
Segundo o coordenador do Unaids, Pedro Chequer, a campanha "Igual a Você" também será veiculada em breve nas emissoras de rádio brasileiras.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.*
Termina nesta sexta-feira, na Cidade da Guatemala, a 5 Feira de Inovação Social, promovida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal.
Durante o evento, que começou na quarta-feira, a agência da ONU exibiu projetos que contribuíram para a luta contra a pobreza e a desigualdade social na região. Entre as melhores iniciativas, três são brasileiras.
Assistência
Uma delas é o projeto "Anjo da Guarda", que consiste em oferecer assistência material e afetiva a crianças que aguardam adoção em Goiânia, no estado de Goiás.
O criador da iniciativa, o juíz da infância Maurício Porfirio Rosa, disse à Rádio ONU, da Guatemala, o que o motivou a dar início ao projeto.
"Quando eu visitava esses refúgios eu me comovia, me consternava ver que as crianças de mais de cinco anos não tinham sequer a expectativa de receber uma visita ou uma data comemorativa ou feriado. Isso me deixou transtornado e eu pensei que poderíamos criar um mecanismo para suprir essa deficiência, essa falha legal", afirmou.
Padrinhos
O "Anjos da Guarda", conta com três tipos de voluntários, chamados de "padrinhos". O primeiro deles é o provedor, que se oferece para cobrir custos pessoais e de educação das crianças.
Na segunda categoria estão médicos e outros profissionais que se dispõem a atender os pequenos no orfanato, e a terceira categoria de padrinhos inclui aqueles que dividem seu tempo com as crianças em datas especiais e nos fins de semana.
*Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.
Representantes de mais de 60 países estão reunidos nesta quarta-feira, em Nairóbi, no Quênia, para um treinamento que alerta sobre a urgência de adaptação das leis para as novas necessidades ambientais.
O encontro, que acontece na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, Pnuma, enfatiza a importância dos mecanismos legais na transição para uma economia global mais "verde".
Desafios Ambientais
O treinamento, já em sua 9ª edição, vai oferecer aos governos alternativas de aplicação das leis para combater os problemas relacionados ao meio-ambiente nos países.
Na pauta do encontro estão casos como o processo de desertificação no Níger, o aumento do nível do mar nas Ilhas Maldivas e o desmatamento no Nepal.
O treinamento do Pnuma acontece uma semana após o lançamento de um relatório do órgão que pede o fortalecimento das leis ambientais internacionais para a proteção dos países em situação de guerra.
O curso em Nairóbi termina na sexta-feira. Entre os dias 7e 18 de dezembro, o assunto será novamente discutido durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que acontece em Copenhague, na Dinamarca.
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon continua confiante sobre um acordo na luta contra o aquecimento global na convenção de dezembro em Copenhague, na Dinamarca.
A mensagem foi enviada pelo diretor da equipe de apoio do Secretário-Geral às mudanças climáticas, Janos Pasztor, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, na véspera da viagem de Ban Ki-moon a Washington.
Consenso
O Secretário-Geral da ONU chega nesta terça-feira a capital americana para discutir com representantes e líderes do congresso o que os governos do mundo esperam do papel dos Estados Unidos nas discussões sobre o clima.
Janos Pasztor afirmou que Ban Ki-moon está seguro que os governos chegarão a um consenso em questões fundamentais, que irão formar um pacto internacional juridicamente obrigatório.
De acordo com Janos Pasztor, esse é o objetivo final da ação de orientação sobre as mudanças climáticas.
Pasztor relembrou que o encontro deve esclarecer o que precisa ser feito para a resolução de três questões centrais: metas ambiciosas de redução de emissão de gases nos países desenvolvidos, como considerar essas ações nas nações em desenvolvimento, e financiamento.
A confiança de Ban Ki-moon, de acordo com Pasztor, é baseada em recentes conversas do Secretário-Geral da ONU com líderes mundiais.
Rodada Final
Na última sexta-feira, na rodada final de negociações realizada em Barcelona, o secretário-executivo da Convenção da ONU sobre Mudança Climática, Yvo de Boer, disse que os países desenvolvidos deveriam fornecer U$S 10 bilhões, cerca de R$ 17 bilhões, para que nações em desenvolvimento possam reduzir a emissão da gases.
A Conferência da ONU sobre Mudança Climática está prevista para acontecer entre 7 e 18 de dezembro na Dinamarca. O Protocolo de Kyoto expira em 2012.
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
'Cem ideias para salvar o planeta'. Esse é o nome de uma competição lançada nesta terça-feira pelo Banco Mundial, em Washington DC, capital americana.
Durante quatro dias um júri formado por especialistas e profissionais internacionais vai debater os 100 projetos finalistas vindos de várias partes do mundo.
Inovação
O objetivo é selecionar entre 20 e 25 propostas inovadoras referentes às mudanças climáticas.
Mais de 1,7 mil inscritos participaram da primeira fase de seleção. Os escolhidos para a última etapa vem de 47 países, incluindo projetos da América Latina e do Caribe, como o trabalho de gestão de risco de desastres apresentado por uma comunidade da cidade de Cochabamba, na Bolívia.
Os finalistas deste ano foram selecionados com base em três tópicos: resistência dos povos indígenas, gerenciamento de riscos com múltiplos benefícios e adaptação climática.
Entre os projetos estão propostas de grupos indígenas, que somam 250 milhões de pessoas no mundo e estão entre os habitantes mais ambientalmente ameaçados do planeta.
Vencedores
A competição faz parte do 'Mercado de Desenvolvimento', programa de recursos administrado pelo Banco Mundial.
Os escolhidos irão receber até US$ 200 mil, cerca de R$ 345 mil, para transformar as ideias em ação num período de dois anos. Os vencedores serão anunciados na próxima sexta-feira, dia 10.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.
Fortalecer as leis internacionais de proteção ao meio-ambiente em tempos de guerra pode evitar que a natureza seja prejudicada. A afirmação faz parte de um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, Pnuma.
O lançamento do estudo acontece no Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio-Ambiente em Guerras e em Conflitos Armados.
Ecossistemas
No relatório, especialistas da agência recomendam mais precisão no cumprimento das leis e na compreensão de que as guerras podem causar danos ambientais persistentes por meses ou anos.
Outras recomendações incluem o uso de instrumentos legais para evitar que os conflitos alcancem ecossistemas essenciais para a dinâmica ambiental, como florestas naturais, terras agricultáveis, parques e aquíferos.
O documento afirma ainda que as leis internacionais para regular condutas durante a guerra foram criadas em um momento onde as guerras eram entre Estados.
Conflitos Internos
Hoje, como a maioria dos conflitos acontece internamente, é preciso atualizar os mecanismos de regulação que, muitas vezes, não abrangem a nova realidade.
Em mensagem para marcar a data, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que todas as nações adaptem os instrumentos legais que possuem para permitir que a natureza também seja protegida durante conflitos internos.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay, chega ao Brasil no próximo sábado para sua primeira visita oficial ao país.
O roteiro da viagem inclui passagens pela Bahia, pelo Rio de Janeiro e pelo Distrito Federal, onde Pillay abre a Conferência dos Defensores dos Direitos Humanos do Brasil.
Cooperação
O objetivo da visita é reforçar a cooperação entre o país e a ONU na garantia dos direitos básicos da humanidade.
O diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, Unic-Rio, Giancarlo Summa, disse à Rádio ONU, que a visita vai representar um passo importante para a busca de soluções aos desafios dos direitos humanos no país.
"Ela vai assinar um acordo de cooperação entre o Governo brasileiro e o Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, que vai criar um marco oficial de cooperação e também um acordo que vai incluir, não somente o Brasil, mas também alguns outros países que precisarem de ajuda para aumentar a proteção aos direitos humanos", afirmou
Comunidades
Em sua viagem, a alta comissária da ONU visitará também comunidades pobres das capitais Salvador e Rio de Janeiro.
Em ambas as cidades e em Brasília, ela se reunirá com políticos locais e com representantes de organizações civis.
A visita de Navi Pillay ao país termina no dia 13 de novembro.
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