Postado em Ciência e Tecnologia em 10/12/2009 às 13h25
Dois jovens nova-iorquinos descobriram um material biodegradável e reciclável que pode substituir o isopor sem perda de qualidade e com preço competitivo. Composto por raízes de fungos e resíduos agrícolas, o EcoCradle ainda pode ser moldado em qualquer formato e ser aplicado até como fertilizante após seu uso. O material já está sendo distribuído em diversos países e promete brigar com a indústria multimilionária dos poliestirenos. Criado por Eben Bayer e Gavin McIntyre, ambos recém-graduados pelo instituto politécnico Rensselaer, em Nova York, o material pretende concorrer com o isopor tradicional e ganhar os consumidores com seu forte apelo ambiental. Ao contrário do poliestireno comum, o EcoCradle não é derivado do petróleo, é reciclável e degradável. Com um mercado forte, especialmente na China e na Europa, a indústria do isopor chega a produzir 35 milhões de toneladas todos os anos – material que é usado, em grande parte (70% do total produzido) na construção civil.
Segundo informações do Estadão, a dupla já tem 100 mil unidades do EcoCradle encomendadas para 2010. Além disso, eles já patentearam o produto em 30 países e receberam apoio da Agência de Proteção Ambiental, do Departamento de Agricultura e da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Matéria-prima alternativa O composto utiliza raízes de fungos e produtos derivados ou desprezados da agricultura que sequer servem para a alimentação dos animais, como casca de arroz, trigo ou sementes do algodão. Ainda segundo informações do Estadão, o jovem Bayer contou que descobriu a técnica durante a adolescência em uma fazenda no estado americano de Vermont, onde cresceu. Enquanto colhia fungos silvestres com seu pai, ele reparou que as raízes dos fungos aglomeravam pedaços de folhas e madeira, e se perguntou se isso poderia ter alguma aplicação útil.
Anos depois, ele e McIntyre começaram a testar diferentes tipos de fungos e com diferentes produtos residuais, até descobrirem que as pequenas raízes dos fungos se transformavam em uma massa densa de fibras que dão ao composto um sustento estrutural. Surgiu então a EcoCradle. Em 2008 o produto venceu o Desafio Verde da loteria holandesa Postcode e levou para casa um prêmio de 500 mil euros, além do prestigio de faturar uma competição que estimula o desenvolvimento de produtos que diminuam as emissões de gás carbônico. O EcoCradle está a venda e os interessados podem fazer seus pedidos no site ou pelo e- sales@ecovativedesign.com. Outras informações podem ser encontradas também no site ou pelo e-mail info@ecovativedesign.com.
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Participantes do encontro acreditam que quanto maior o número de habitantes de uma cidade, aumentam as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
Impacto das emissões de gases
O papel das cidades para diminuir a emissão dos gases causadores do efeito estufa é um dos assuntos discutidos nesta semana no Simpósio de Pesquisa Urbana, organizado pelo Banco Mundial em parceria com várias agências da ONU na cidade de Marselha, sul da França.
Leia o boletim de Marcelo Torres, da Rádio ONU em Londres.
Efeito Estufa
"As cidades crescem e com elas também os desafios. Muitos participantes do simpósio acreditam que quanto maior o número de habitantes de uma cidade, mais pressão haverá para produzir energia e, com isso, aumentar as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
Mas os cientistas e técnicos que viajaram a Marselha também analisam durante o encontro o impacto que as mudanças climáticas vão causar na vida dos cidadãos de vários países.
Cecília Kinuthia-Njenga, do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas, vai explicar como a migração de moradores de regiões do interior do Quênia mudou a cara da capital Nairóbi.
Bacias Hidrográficas
A pesquisadora Rosa Maria Formiga-Johnsson, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fala dos desafios de se cuidar das bacias hidrográficas que garantem o abastecimento das cidades brasileiras."
Os organizadores esperam que as experiências bem-sucedidas de algumas cidades inspirem outras a seguir o mesmo caminho. O simpósio termina nesta terça-feira, mas outros eventos paralelos serão realizados até a quinta.
Ouça AQUI na RádioECO a Rádio ONU
Simpósio debate musanças climáticas nas cidades 0906301i.mp3 - Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York
Felipe Lobo
Bicicletas são oferecidas em pontos de maior circulação dentro do campus. (Foto: Isabela Lyrio / UnB Agência)
Para atravessar a pé de um extremo ao outro do campus do Plano Piloto na Universidade de Brasília (UnB) são necessários de trinta a quarenta minutos. Um tempo considerável para quem precisa se locomover pelos vários prédios da instituição de ensino no intervalo entre as aulas, na maioria das vezes com tempo escasso.
Com isto em mente, um grupo de estudantes e amigos decidiu criar o projeto Bicicleta Livre, que desde a última segunda (22) disponibiliza bicicletas para locomoção gratuita dentro do campus. A ideia é mostrar que as magrelas podem servir como um meio de transporte para as ruas da capital federal.
O projeto começou no segundo semestre de 2007, quando um aluno de Saúde e Qualidade de Vida da faculdade de Educação Física da propôs a ideia como trabalho final. Logo depois, o atual coordenador do projeto, Yuriê Baptista, ajudou a colocar a iniciativa em prática. Desde então, a empreitada começou a ganhar corpo, e cada vez mais adeptos. Primeiro com a formação de um curso de extensão e, depois, com a incorporação pelo Plano de Circulação capitaneado por professores da universidade.
“O plano tinha a intenção de colocar uma ciclovia dentro do campus. Ainda não houve a licitação para isso, mas deve ocorrer em breve. De toda forma, os professores já haviam pensado em disponibilizar bicicletas públicas. Mostramos nosso projeto e eles o abraçaram”, explica Yuriê, estudante de Geografia. Durante os últimos quase dois anos, o grupo hoje formado por cerca de vinte pessoas teve reuniões frequentes com a reitoria da universidade e começou a buscar bikes usadas para montar a frota.
O rumo do projeto começou a mudar a partir do final de 2008, quando começaram as conversas com a entidade sem fins lucrativos Rodas da Paz. A cada ano, ela realiza um evento chamado TransTrenó, cujo objetivo é arrecadar bicicletas, consertá-las e doá-las. Ao todo, o Bicicleta Livre recebeu sessenta magrelas bastante antigas ou mal cuidadas de tamanho adulto e outras setenta pequenas. Estas últimas serão entregues a comunidades carentes, depois de revitalizadas.
Mutirões para reforma
Mão na massa: alunos e colaboradores reformam bicicletas no fim de semana. (Foto: Divulgação)
Durante o primeiro semestre deste ano, sempre aos sábados, a equipe do projeto se reuniu em uma sala do departamento de Educação Física da UnB para desmontar, lixar, pintar e remontar as bicicletas. Qualquer um disposto a entrar na oficina e colocar as mãos na massa foi aceito pelo grupo.
O resultado deste esforço foram dezoito bicicletas em perfeitas condições de uso, bem pintadas de amarelo. Há menos de uma semana elas foram colocadas no campus do Plano Piloto, em Brasília, dispostas em três estacionamentos construídos especialmente para o projeto nos pontos mais movimentados.
“Esses são apenas os locais prioritários de devolução, para facilitar o controle e a manutenção. As pessoas podem pegar a bicicleta em qualquer ponto, usar e depois deixar para que outro a assuma. O que pedimos é para que elas sejam utilizadas o mínimo de tempo possível. Assim, há maior rotatividade”, explica Baptista.
Mas o projeto não para aí. As oficinas aos sábados continuam, já que as outras bicicletas recolhidas estão em péssimo estado e precisam de muitas peças novas para ser reaproveitadas. Comprar magrelas recém-saídas da fábrica não passa pela cabeça da equipe, como explica Janayde Gonçalves, jornalista e voluntária no projeto. “Não queremos porque a proposta é ecológica, mostrar que é possível reciclar e reutilizar. Eu, quando cheguei, não sabia nada de mecânica. Hoje consigo consertar uma bicicleta. Basta ter disposição”, avalia.
Janayde diz que Brasília é uma cidade plana e proporciona o uso de veículos não motorizados. Yuriê concorda e complementa com a meta do projeto: ter cerca de cem bicicletas rodando no campus da UnB até o fim do ano. Apesar de não possuir um estudo sobre o corte nas emissões de gases estufa, a equipe acredita que poderá ter um reflexo positivo no micro-clima local, já que o objetivo maior é levar as magrelas para as ruas da capital brasileira.
Malha cicloviária
Para que a meta seja alcançada e cada vez mais pessoas saiam de suas casas pedalando, é preciso que a estrutura de ciclovias da região, hoje com cerca de 40 quilômetros de faixas, seja refeita e ampliada. E há esforços neste sentido. Em 2005, o Departamento de Estado de Rodagens do Distrito Federal (DER/DF) desenvolveu projetos em algumas das vinte e oito regiões administrativas do centro do poder nacional. Uma empresa de Brasília foi chamada para elaborá-los com a ajuda de Antônio Miranda, presidente da União dos Ciclistas do Brasil (UCB).
“Acabamos fazendo um plano global para o Distrito Federal e estimamos o volume de circulação de bicicletas por lá. Além disso, traçamos um perfil da demanda e das necessidades de cada lugar a partir de manuais de montagem de ciclovias”, afirma. Três anos depois, houve licitações para contratar a instalação de 360 quilômetros de novas ciclovias em todo o Distrito Federal. Três empresas venceram e Miranda foi novamente convocado a ajudar.
“Quando iniciamos a formulação dos projetos contratados pela NovaCap - Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, detectamos demandas em algumas cidades-satélite. Por isso, o número subiu para 440 quilômetros”, conta. O raio-x das necessidades foi completo, com análises de drenagem, pavimentação, paisagismo e levantamento topográfico. Ao mesmo tempo em que o trabalho corria, o DER/DF licitou a construção de outros 80 quilômetros de ciclovias em margens de rodovias. Junto com as “ciclofaixas” previstas para acostamentos no bairro Lago Sul, chega-se a de 600 quilômetros de vias destinadas exclusivamente às bicicletas.
Por enquanto nenhum resultado concreto foi registrado, mas algumas obras estão andando. “O objetivo é que, em março ou abril de 2010, já tenham sido construídos 200 quilômetros de ciclovias”, espera Miranda. Ele afirma, porém, que no curto prazo nenhuma cidade do Distrito federal deve superar o Rio de Janeiro e seus 150 quilômetros de ciclovias.
Quando as obras estiverem concluídas, no entanto, a população deverá ter bicicletas para usá-las. De acordo com Ronaldo Alves, presidente da Rodas da Paz, houve um esforço para aumentar o número de veículos com duas rodas nas cidades brasileiras. A empresa pernambucana Interset criou um projeto, no início do ano, para que o governo subsidiasse a venda de bikes no país. “A ideia era reduzir os impostos associados em tipos de bicicletas mais populares”, diz.
Caso tudo corresse conforme o planejado, desde o último mês de março as pessoas poderiam pagar dez reais de entrada e receber um modelo zero dentro de casa em quinze dias. Depois, haveria mais trinta meses para pagar o restante, sempre no mesmo valor da primeira parcela. Fontes do governo federal consultadas por O Eco desconhecem a iniciativa.
Com ou sem ciclovias, o Código Nacional de Trânsito informa que todas as vias públicas devem ser compartilhadas e que os automóveis devem manter distância de um metro e meio para o meio-fio, justamente para dar passagem às bicicletas. Quem se arrisca?
Atalhos:
Projeto Bicicleta Livre
Rodas da Paz
Saiba mais:
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Desprezo paulistano pelas bicicletas
Mobilidade sustentável à espanhola
Bicicleta como alternativa de transporte
Proposta boa, preço salgado
A poluição das bicicletas
Pedaladas em debate
Autor: Célia Froufe/ Estadão Online
Os agentes ambientais de Santa Catarina foram instruídos a obedecer ao Código Florestal nacional quando houver sobreposição de leis em relação ao código local, formatado pelo Estado. A informação foi divulgada na quarta-feira (24) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, após participar de audiência pública na comissão de agricultura da Câmara. "Como há a lei federal e a estadual, orientamos os agentes a seguirem a lei federal quando houver choque", explicou o ministro.
De acordo com Minc, nos três casos em que a decisão foi parar na Justiça, houve a avaliação de que esse deveria ser o procedimento. "Caso a orientação fosse outra pelo Ministério do Meio Ambiente, estaria incorrendo em crime. Isso mostra que minha interpretação está correta", justificou. O ministro avaliou que dos 296 artigos do código estadual de Santa Catarina, há 17 que se chocam com leis federais.
Minc evitou tomar posição em relação às sugestões de mudança do atual Código Florestal, que tramita no Congresso. "Não posso ser contra, pois ainda está tramitando", argumentou. Ele diz ser favorável à existência de um só código nacional, mas que seja definido por biomas, já que as realidades do ambiente são diferentes em cada região do País.
Autor: Fernando De Carvalho/ECOTV/Pró-Fundação Sabor Naureza
Tubarão poderá estar diferente, e melhorada em alguns anos... As propostas para o Plano Diretor Participativo, foram examinadas na última audiência pública realizada na noite de quarta-feira (17) as 19:30hs no auditório da Escola Técnica de Comércio de Tubarão.
Um diagnóstico dos dados coletados sobre o município, foi apresentado por Melina Matos, arquiteta, representante do consórcio HD, responsável pelo acompanhamento na elaboração do Plano Diretor Participativo de Tubarão. Com dados e propostas resultantes das oficinas temáticas de trabalhos, e das audiências realizada sob a coordenação do Núcleo Gestor durante o processo de estudos, com vistas a preparação das propostas que deverão compor o novo PDP de Tubarão.
>CLIC AQUI e Assista na ECOTV aos vídeos com cobertura na integra da audiência em nosso portal>
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Maceió (AL), 18/06/2009 -
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, considerou hoje (18), em entrevista, que foi "um erro de avaliação do Supremo Tribunal Federal" a decisão de acabar com o diploma para o exercício da profissão de jornalista. "A decisão do STF, na minha compreensão, não observou corretamente qual é o papel do jornalista e a sua função na defesa da liberdade de expressão", afirmou.
Ao criticar a decisão do STF, que por maioria acompanhou voto do ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, Britto sustentou que a liberdade de expressão é um bem tão fundamental, tão essencial à República que tem que ser praticada com independência e qualidade. "Essas duas referências são obtidas somente com diploma e com o registro no Ministério do Trabalho. O primeiro garante a qualidade técnica e o segundo a qualidade ética, observou ele.
Para Britto, foram exatamente essas duas referências - a técnica e a ética - que acabaram revogadas pela decisão do Supremo. "Acho que vamos sofrer em consequência dessa decisão um abalo muito forte no futuro", previu. "A legislação atual já resguardava uma reserva de mercado para as demais tarefas, que são as figuras do colaborador e do articulista." O presidente nacional da OAB está em Maceió para participar da reunião do Colégio de Presidentes das Seccionais da entidade.
No último dia 4 de junho, o Senado Federal aprovou a MP 458/2009, já aprovada com alterações pela Câmara dos Deputados, e que agora vai à sanção presidencial. É a promoção da “farra da grilagem”, como se tem falado com muita propriedade.
Com o subterfúgio de regularização de áreas de posseiros, prevista na Constituição Federal, o governo federal, em 11 de fevereiro baixou a MP 458/2009 propondo a “regularização fundiária” das ocupações de terras públicas da União, na Amazônia Legal, até o limite de 1.500 hectares. Esta regularização abrange 67,4 milhões de hectares de terras públicas da União, ou seja, terras devolutas já arrecadadas pelo Estado e matriculadas nos registros públicos como terras públicas e que pela Constituição deveriam ser destinadas a programas de reforma agrária. Desta forma a Medida Provisória 458, agora às vésperas de ser transformada em lei, regulariza posses ilegais. Beneficia, sobretudo, pessoas que deveriam ser criminalmente processadas por usurparem áreas da reforma agrária, pois, de acordo com a Constituição, somente 7% da área ocupada por pequenas propriedades de até 100 hectares (55% do total das propriedades) seriam passiveis de regularização. Os movimentos sociais propuseram que a MP fosse retirada e em seu lugar se apresentasse um Projeto de Lei para que se pudesse ter tempo para um debate em profundidade do tema, levando em conta a função social da propriedade da terra. O Governo, entretanto, descartou qualquer discussão com os representantes dos trabalhadores do campo e da floresta.
Esta oficialização da grilagem da Amazônia está chamando a atenção de muitos pela semelhança com o momento histórico da nefasta Lei de Terras de 1850, elaborada pela elite latifundiária do Congresso do Império, sancionada por D. Pedro, privatizando as terras ocupadas. Hoje é um presidente republicano e ex-operário quem privatiza e entrega as terras da Amazônia às mesmas mãos que se tinham apoderado delas de forma ilegal e até criminosa.
Esta proposta de lei, que vai para a sanção do Presidente Lula, pavimenta o espaço para a expansão do latifúndio e do agronegócio na Amazônia, bem ao gosto dos ruralistas. Por isto não foi sem sentido a redução aprovada pela Câmara dos Deputados de dez para três anos no tempo em que as terras regularizadas não poderiam ser vendidas e a regularização de áreas para quem já possui outras propriedades e para pessoas jurídicas. Daqui a três anos nada impede que uma mesma pessoa ou empresa adquira novas propriedades, acumulando áreas sem qualquer limite de tamanho. Foi assim que aconteceu com as imensas propriedades que se formaram na Amazônia, algumas com mais de um milhão de hectares, beneficiadas com os projetos da Sudam.
Ironia do destino, Lula , que em 1998 afirmou que “se for eleito, resolverei o problema da reforma agrária, com uma canetada”, ao invés de executar a reforma agrária prometida, acabou com uma canetada propondo a legalização de 67 milhões de hectares de terras griladas na Amazônia, um bioma que no atual momento de crise climática mundial aguda grita por preservação para garantir a sobrevivência do planeta.
O mesmo presidente que, em entrevista à Revista Caros Amigos, em novembro de 2002 dizia: “Não se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com 30 mil alqueires de terra! Dois milhões de hectares de terra! Isso não tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na dependência de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos” acabou sendo o refém desta bancada, pior ainda, recorreu à senadora Kátia Abreu, baluarte da bancada ruralista, inimiga número um da reforma agrária, para a aprovação da medida no Senado. Já cedera à pressão dos ruralistas aprovando a Lei dos Transgênicos. Não atualizou os índices de produtividade estabelecidos há mais de 30 anos atrás, o que poderia possibilitar o acesso a novas áreas para reforma agrária. Não se empenhou na aprovação da proposta de emenda constitucional PEC 438/01 que expropria as áreas onde se flagre a exploração de trabalho escravo. Além disso, promoveu à condição de “heróis nacionais” os usineiros e definiu como empecilhos ao progresso as comunidades tradicionais, os ambientalistas e seus defensores.
Lula que, com o Programa Fome Zero, teve a oportunidade de realizar um amplo processo de reforma agrária, transformou-o, porém, em um cartão do Bolsa Família que a cada mês dá umas migalhas a quem poderia estar produzindo seu próprio alimento e contribuindo para alimentar a nação.
Os movimentos sociais do campo, inclusive a CPT, vem defendendo há anos, por uma questão de sabedoria e bom senso, um limite para a propriedade da terra em nosso País. Mas o que vemos é exatamente o contrário. Cresce a concentração de terras, enquanto que milhares de famílias continuam acampadas às margens das rodovias à espera de um assentamento que lhes dê dignidade e cidadania, pois, como bem afirmaram os bispos e pastores sinodais que subscreveram o documento Os pobres possuirão a terra “A política oficial do país subordina-se aos ditames implacáveis do sistema capitalista e apoia e estimula abertamente o agronegócio”.
Goiânia, 09 de junho de 2009.
Dom Ladislau Biernaski
Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Ola amigos...
Gostaria de contribuir com esta informação e indicar matérias sobre o aquecedor solar do nosso companheiro e amigo José Alcino Alano, publicada no Boletim ECOLÓGICO On-line.
Boletim ECOLÓGICO On-line
Tubarão:
Como pode uma idéia contribuir para a redução da degradação meio ambiente, trazer benefícios sociais e ainda ajudar na economia do lar? O comerciante de Tubarão José Alcino Alano, 54 anos, conseguiu juntar essas três características em um invento simples, mas revolucionário: um sistema de aquecimento solar de água feito com garrafas plásticas de refrigerante, o pet, e caixas de leite de um litro.
O esquema é mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecido tecnicamente de sistema termo-sifão. A diferença está justamente do material utilizado. As garrafas, as caixas de leite e alguns metros de canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para a aquecer a água. As caixinhas recortadas e os canos são pintados de preto fosco para absorverem a energia solar e a transformar em calor. As garrafas envolvem os canos por onde passa a água e mantém o calor através de efeito estufa. A água sai da caixa d’água em temperatura ambiente, passa lentamente pelo sistema, eleva a sua temperatura e volta para a caixa.
Após seis horas em média nesse ciclo constante, a água pode chegar a uma temperatura de até 38º Celsius no inverno sul-catarinense ou 50º no verão. “No inverno, como o frio é demais na nossa região, ás vezes ligamos o chuveiro elétrico com controle eletrônico no mínimo somente para dar aquecida a mais, pois o sistema já quebrou aquele gelo. Já no verão a água fica realmente quente e é preciso misturar com água fria para não se queimar”, conta seu José Alano, que usa o aquecedor de pet em sua casa desde outubro de 2002. “Resolvi elaborar esse projeto ao perceber o grande desperdício de plástico e de papel que promovemos ao jogarmos essas garrafas e caixas no lixo”, conta.
Na sua residência, o sistema abastece dois banheiros e custou um investimento total de R$ 83,00. Apesar de hoje estar precisando de uma ampliação, Zé Alano, como é mais conhecido, consegue economizar até 120 quilowatts de energia elétrica por mês.
O sonho do comerciante agora é ver o seu invento sendo utilizado em escolas, creches, entidades e pela comunidade em geral. “Nós registramos a patente não para desenvolver um processo industrial, mas justamente para evitar que outros não utilizem comercialmente a idéia”, ressalta. Para tanto, seu José tem buscado apoio de entidades para levar o seu projeto, que ainda não foi instalado em nenhum outro lugar, adiante. “Se você parar para pensar, vai perceber que, na verdade, não estou fazendo isso por caridade, afinal, reaproveitando o lixo, vou estar fazendo um mundo melhor para mim, para meus filhos para os meus netos”, diz empolgado. “Mas somente consegui chegar a esse resultado graças à ajuda da minha esposa, Lizete, e de meus filhos”.
Interessados em conhecer o projeto de seu José Alcino podem entrar em contato através do e-mail da família Alano walano@ibest.com.br.
Construa Vc mesmo seu aquecedor:
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