Terça-feira, 30 de Junho de 2009

Simpósio debate clima nas cidades

Participantes do encontro acreditam que quanto maior o número de habitantes de uma cidade, aumentam as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
Impacto das emissões de gases

O papel das cidades para diminuir a emissão dos gases causadores do efeito estufa é um dos assuntos discutidos nesta semana no Simpósio de Pesquisa Urbana, organizado pelo Banco Mundial em parceria com várias agências da ONU na cidade de Marselha, sul da França.

Leia o boletim de Marcelo Torres, da Rádio ONU em Londres.


Efeito Estufa

"As cidades crescem e com elas também os desafios. Muitos participantes do simpósio acreditam que quanto maior o número de habitantes de uma cidade, mais pressão haverá para produzir energia e, com isso, aumentar as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

Mas os cientistas e técnicos que viajaram a Marselha também analisam durante o encontro o impacto que as mudanças climáticas vão causar na vida dos cidadãos de vários países.

Cecília Kinuthia-Njenga, do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas, vai explicar como a migração de moradores de regiões do interior do Quênia mudou a cara da capital Nairóbi.

Bacias Hidrográficas

A pesquisadora Rosa Maria Formiga-Johnsson, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fala dos desafios de se cuidar das bacias hidrográficas que garantem o abastecimento das cidades brasileiras."

Os organizadores esperam que as experiências bem-sucedidas de algumas cidades inspirem outras a seguir o mesmo caminho. O simpósio termina nesta terça-feira, mas outros eventos paralelos serão realizados até a quinta.

Ouça AQUI na RádioECO a Rádio ONU

Simpósio debate musanças climáticas nas cidades 0906301i.mp3 - Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York

publicado por ecotv às 15:04

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Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Magrelas, gratuitas e eficientes

Felipe Lobo

Bicicletas são oferecidas em pontos de maior circulação dentro do campus.
(Foto: Isabela Lyrio / UnB Agência)

Para atravessar a pé de um extremo ao outro do campus do Plano Piloto na Universidade de Brasília (UnB) são necessários de trinta a quarenta minutos. Um tempo considerável para quem precisa se locomover pelos vários prédios da instituição de ensino no intervalo entre as aulas, na maioria das vezes com tempo escasso.

Com isto em mente, um grupo de estudantes e amigos decidiu criar o projeto Bicicleta Livre, que desde a última segunda (22) disponibiliza bicicletas para locomoção gratuita dentro do campus. A ideia é mostrar que as magrelas podem servir como um meio de transporte para as ruas da capital federal.

O projeto começou no segundo semestre de 2007, quando um aluno de Saúde e Qualidade de Vida da faculdade de Educação Física da propôs a ideia como trabalho final. Logo depois, o atual coordenador do projeto, Yuriê Baptista, ajudou a colocar a iniciativa em prática. Desde então, a empreitada começou a ganhar corpo, e cada vez mais adeptos. Primeiro com a formação de um curso de extensão e, depois, com a incorporação pelo Plano de Circulação capitaneado por professores da universidade.

“O plano tinha a intenção de colocar uma ciclovia dentro do campus. Ainda não houve a licitação para isso, mas deve ocorrer em breve. De toda forma, os professores já haviam pensado em disponibilizar bicicletas públicas. Mostramos nosso projeto e eles o abraçaram”, explica Yuriê, estudante de Geografia. Durante os últimos quase dois anos, o grupo hoje formado por cerca de vinte pessoas teve reuniões frequentes com a reitoria da universidade e começou a buscar bikes usadas para montar a frota.

O rumo do projeto começou a mudar a partir do final de 2008, quando começaram as conversas com a entidade sem fins lucrativos Rodas da Paz. A cada ano, ela realiza um evento chamado TransTrenó, cujo objetivo é arrecadar bicicletas, consertá-las e doá-las. Ao todo, o Bicicleta Livre recebeu sessenta magrelas bastante antigas ou mal cuidadas de tamanho adulto e outras setenta pequenas. Estas últimas serão entregues a comunidades carentes, depois de revitalizadas.

Mutirões para reforma

Mão na massa: alunos e colaboradores reformam bicicletas no fim de semana. (Foto: Divulgação)
Durante o primeiro semestre deste ano, sempre aos sábados, a equipe do projeto se reuniu em uma sala do departamento de Educação Física da UnB para desmontar, lixar, pintar e remontar as bicicletas. Qualquer um disposto a entrar na oficina e colocar as mãos na massa foi aceito pelo grupo.

O resultado deste esforço foram dezoito bicicletas em perfeitas condições de uso, bem pintadas de amarelo. Há menos de uma semana elas foram colocadas no campus do Plano Piloto, em Brasília, dispostas em três estacionamentos construídos especialmente para o projeto nos pontos mais movimentados.

“Esses são apenas os locais prioritários de devolução, para facilitar o controle e a manutenção. As pessoas podem pegar a bicicleta em qualquer ponto, usar e depois deixar para que outro a assuma. O que pedimos é para que elas sejam utilizadas o mínimo de tempo possível. Assim, há maior rotatividade”, explica Baptista.

Mas o projeto não para aí. As oficinas aos sábados continuam, já que as outras bicicletas recolhidas estão em péssimo estado e precisam de muitas peças novas para ser reaproveitadas. Comprar magrelas recém-saídas da fábrica não passa pela cabeça da equipe, como explica Janayde Gonçalves, jornalista e voluntária no projeto. “Não queremos porque a proposta é ecológica, mostrar que é possível reciclar e reutilizar. Eu, quando cheguei, não sabia nada de mecânica. Hoje consigo consertar uma bicicleta. Basta ter disposição”, avalia.

Janayde diz que Brasília é uma cidade plana e proporciona o uso de veículos não motorizados. Yuriê concorda e complementa com a meta do projeto: ter cerca de cem bicicletas rodando no campus da UnB até o fim do ano. Apesar de não possuir um estudo sobre o corte nas emissões de gases estufa, a equipe acredita que poderá ter um reflexo positivo no micro-clima local, já que o objetivo maior é levar as magrelas para as ruas da capital brasileira.

Malha cicloviária

Para que a meta seja alcançada e cada vez mais pessoas saiam de suas casas pedalando, é preciso que a estrutura de ciclovias da região, hoje com cerca de 40 quilômetros de faixas, seja refeita e ampliada. E há esforços neste sentido. Em 2005, o Departamento de Estado de Rodagens do Distrito Federal (DER/DF) desenvolveu projetos em algumas das vinte e oito regiões administrativas do centro do poder nacional. Uma empresa de Brasília foi chamada para elaborá-los com a ajuda de Antônio Miranda, presidente da União dos Ciclistas do Brasil (UCB).

“Acabamos fazendo um plano global para o Distrito Federal e estimamos o volume de circulação de bicicletas por lá. Além disso, traçamos um perfil da demanda e das necessidades de cada lugar a partir de manuais de montagem de ciclovias”, afirma. Três anos depois, houve licitações para contratar a instalação de 360 quilômetros de novas ciclovias em todo o Distrito Federal. Três empresas venceram e Miranda foi novamente convocado a ajudar.

“Quando iniciamos a formulação dos projetos contratados pela NovaCap - Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, detectamos demandas em algumas cidades-satélite. Por isso, o número subiu para 440 quilômetros”, conta. O raio-x das necessidades foi completo, com análises de drenagem, pavimentação, paisagismo e levantamento topográfico. Ao mesmo tempo em que o trabalho corria, o DER/DF licitou a construção de outros 80 quilômetros de ciclovias em margens de rodovias. Junto com as “ciclofaixas” previstas para acostamentos no bairro Lago Sul, chega-se a de 600 quilômetros de vias destinadas exclusivamente às bicicletas.

Por enquanto nenhum resultado concreto foi registrado, mas algumas obras estão andando. “O objetivo é que, em março ou abril de 2010, já tenham sido construídos 200 quilômetros de ciclovias”, espera Miranda. Ele afirma, porém, que no curto prazo nenhuma cidade do Distrito federal deve superar o Rio de Janeiro e seus 150 quilômetros de ciclovias.

Quando as obras estiverem concluídas, no entanto, a população deverá ter bicicletas para usá-las. De acordo com Ronaldo Alves, presidente da Rodas da Paz, houve um esforço para aumentar o número de veículos com duas rodas nas cidades brasileiras. A empresa pernambucana Interset criou um projeto, no início do ano, para que o governo subsidiasse a venda de bikes no país. “A ideia era reduzir os impostos associados em tipos de bicicletas mais populares”, diz.

Caso tudo corresse conforme o planejado, desde o último mês de março as pessoas poderiam pagar dez reais de entrada e receber um modelo zero dentro de casa em quinze dias. Depois, haveria mais trinta meses para pagar o restante, sempre no mesmo valor da primeira parcela. Fontes do governo federal consultadas por O Eco desconhecem a iniciativa.

Com ou sem ciclovias, o Código Nacional de Trânsito informa que todas as vias públicas devem ser compartilhadas e que os automóveis devem manter distância de um metro e meio para o meio-fio, justamente para dar passagem às bicicletas. Quem se arrisca?

Atalhos:
Projeto Bicicleta Livre
Rodas da Paz

Saiba mais:
Pedestres agradecem planejamento urbano
Desprezo paulistano pelas bicicletas
Mobilidade sustentável à espanhola
Bicicleta como alternativa de transporte
Proposta boa, preço salgado
A poluição das bicicletas
Pedaladas em debate

publicado por ecotv às 15:08

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Quinta-feira, 25 de Junho de 2009

Fiscais de SC devem priorizar Código Florestal, diz Minc

Autor: Célia Froufe/ Estadão Online

Os agentes ambientais de Santa Catarina foram instruídos a obedecer ao Código Florestal nacional quando houver sobreposição de leis em relação ao código local, formatado pelo Estado. A informação foi divulgada na quarta-feira (24) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, após participar de audiência pública na comissão de agricultura da Câmara. "Como há a lei federal e a estadual, orientamos os agentes a seguirem a lei federal quando houver choque", explicou o ministro.

De acordo com Minc, nos três casos em que a decisão foi parar na Justiça, houve a avaliação de que esse deveria ser o procedimento. "Caso a orientação fosse outra pelo Ministério do Meio Ambiente, estaria incorrendo em crime. Isso mostra que minha interpretação está correta", justificou. O ministro avaliou que dos 296 artigos do código estadual de Santa Catarina, há 17 que se chocam com leis federais.

Minc evitou tomar posição em relação às sugestões de mudança do atual Código Florestal, que tramita no Congresso. "Não posso ser contra, pois ainda está tramitando", argumentou. Ele diz ser favorável à existência de um só código nacional, mas que seja definido por biomas, já que as realidades do ambiente são diferentes em cada região do País.

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Segunda-feira, 22 de Junho de 2009

ONU diz que semi-árido brasileiro terá menos água em 2050

Previsão faz parte de um relatório baseado em 1,4 mil estudos científicos; segundo novos dados, se a temperatura ultrapassar 3,5ºC pelo menos 40% de espécies animais e vegetais poderão desaparecer.


Água ameaçada

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um relatório das Nações Unidas sugere que os níveis atuais de aquecimento global poderão levar à diminuição da quantidade de água no semi-árido brasileiro já em 2050.

O alerta foi feito por um grupo de cientistas num documento de 36 páginas publicado nesta segunda-feira pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma.

Ipcc

Vários especialistas também participaram do relatório de 2007 publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Ipcc.

Leia o boletim de Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

"O documento do Pnuma foi compilado com base em 1,4 mil estudos científicos apresentados em março passado em Copenhague, capital da Dinamarca.

De acordo com os novos dados, o mundo está enfrentando um risco crescente de mudanças climáticas abruptas e irreversíveis.

Além da possibilidade de escassez de água no semi-árido brasileiro, os cientistas alertam ainda para o mesmo problema em outras áreas como a Bacia do Mediterrâneo, o oeste dos Estados Unidos e o sul da África.

Espécies

Uma outra preocupação é com o aumento nos níveis de temperatura. Mais de 3,5ºC levariam à extinção de 40% a 70% de espécies animais e vegetais analisadas para a pesquisa.

Os cientistas afirmam que o aquecimento global também causa efeitos graves aos mares e oceanos. Com a acidificação provocada pelos altos níveis de dióxido de carbono, CO2, organismos marinhos como os arrecifes de corais são diretamente afetados.

Pelo documento, existem grandes riscos de condições extremas da temperatura como o aumento de secas, ondas de calor e enchentes nos próximos anos.

Surpresa

O ritmo de contração das geleiras do Ártico causou surpresa aos cientistas, que não previram em 2007 a rapidez do degelo.

Segundo o estudo atual, estoques gigantescos de gases, como o metano, que estavam presos por milênios no solo congelado do Ártico já poderiam ter começado a vazar na atmosfera."

O novo relatório do Pnuma pretende inspirar líderes mundiais, que se reunirão em dezembro para a Conferência sobre Mudança Climática da ONU, a formalizar o acordo para a próxima fase do Protocolo de Kyoto.

O encontro ocorrerá em Copenhague, capital da Dinamarca.

A primeira fase de cumprimentos do documento expira em 2012.

publicado por ecotv às 16:16

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Sábado, 20 de Junho de 2009

BlogBlogs

BlogBlogs.Com.Br

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Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

Jolie diz que refugiados mudaram vida dela

Atriz falou sobre experiência pessoal ao visitar acampamentos em várias partes do mundo como embaixadora da Boa Vontade da agência da ONU para Refugiados, Acnur; Dia Mundial do Refugiado é marcado neste 20 de junho.


Angelina Jolie

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A atriz de Hollywood, Angelina Jolie, afirmou que os refugiados que conheceu durante suas visitas a acampamentos como embaixadora da Boa Vontade mudaram a vida dela profundamente.

Jolie fez a afirmação, nesta quinta-feira em Washington, num discurso para marcar as comemorações do Dia Mundial do Refugiado, neste sábado.

Sobreviventes

No evento ao lado do alto comissário da ONU para Refugiados, Acnur, António Guterres, a atriz disse que os refugiados são sobreviventes e não podem ser vistos como um peso.

Ela afirmou que, como americana, reconhece a força que a diversidade deu aos Estados Unidos. E disse que o país foi construído em cima do que alguns hoje poderiam chamar, com desdém, de "asilados ou migrantes econômicos".

O chefe do Acnur disse que cerca de 42 milhões de pessoas estão sendo obrigadas a fugir, atualmente, de suas casas devido ao aumento de dificuldades e perigos enfrentados pelo mundo.

Ataques

Guterres lembrou o atentado ao Hotel Pearl Continental, na semana passada, no Paquistão que matou 18 pessoas incluindo dois funcionários da ONU.

Segundo ele, os trabalhadores humanitários estão se tornando cada vez mais alvo de ataques.

Mas o chefe do Acnur lembrou que o pessoal da agência jamais pergunta a ele como deixar uma área perigosa, mas sim como fazer para permanecer trabalhando apesar dos perigos.

Futebol e Música

Uma série de eventos marcará neste sábado o Dia Mundial do Refugiado. Na Austrália e no Brasil serão realizadas partidas de futebol incluindo jogadores refugiados.

Nos Estados Unidos, o Centro Kennedy abriga um concerto com o vocalista congolês Samba Mapangala.

Outros shows estão marcados para ocorrer no Iraque, no Paquistão, em acampamentos de refugiados na África e na Colômbia.

publicado por ecotv às 16:43

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Audiência Pública começa a definir rumos para a cidade nos próximos 10 anos

Autor: Fernando De Carvalho/ECOTV/Pró-Fundação Sabor Naureza


Tubarão poderá estar diferente, e melhorada em alguns anos... As propostas para o Plano Diretor Participativo, foram examinadas na última audiência pública realizada na noite de quarta-feira (17) as 19:30hs no auditório da Escola Técnica de Comércio de Tubarão.

Um diagnóstico dos dados coletados sobre o município, foi apresentado por Melina Matos, arquiteta, representante do consórcio HD, responsável pelo acompanhamento na elaboração do Plano Diretor Participativo de Tubarão. Com dados e propostas resultantes das oficinas temáticas de trabalhos, e das audiências realizada sob a coordenação do Núcleo Gestor durante o processo de estudos, com vistas a preparação das propostas que deverão compor o novo PDP de Tubarão.


>CLIC AQUI e Assista na ECOTV aos vídeos com cobertura na integra da audiência em nosso portal>
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publicado por ecotv às 12:46

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Para OAB, Supremo errou ao acabar com exigência do diploma de jornalista

 

Maceió (AL), 18/06/2009 -

 

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, considerou hoje (18), em entrevista, que foi "um erro de avaliação do Supremo Tribunal Federal" a decisão de acabar com o diploma para o exercício da profissão de jornalista. "A decisão do STF, na minha compreensão, não observou corretamente qual é o papel do jornalista e a sua função na defesa da liberdade de expressão", afirmou.

Ao criticar a decisão do STF, que por maioria acompanhou voto do ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, Britto sustentou que a liberdade de expressão é um bem tão fundamental, tão essencial à República que tem que ser praticada com independência e qualidade. "Essas duas referências são obtidas somente com diploma e com o registro no Ministério do Trabalho. O primeiro garante a qualidade técnica e o segundo a qualidade ética, observou ele.

Para Britto, foram exatamente essas duas referências - a técnica e a ética - que acabaram revogadas pela decisão do Supremo. "Acho que vamos sofrer em consequência dessa decisão um abalo muito forte no futuro", previu. "A legislação atual já resguardava uma reserva de mercado para as demais tarefas, que são as figuras do colaborador e do articulista." O presidente nacional da OAB está em Maceió para participar da reunião do Colégio de Presidentes das Seccionais da entidade.

publicado por ecotv às 09:27

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Quinta-feira, 18 de Junho de 2009

BNDES será co-responsabilizado por devastação

Por Paula Scheidt, do CarbonoBrasil


Petição feita ao Ministério Público pela OSCIP Amigos da Terra pede que BNDES seja avalizador de ações de redução do uso de terras para pecuária, transformando a ação jurídica em uma oportunidade para a preservação da floresta.

A OSCIP Amigos da Terra entrou nesta quarta-feira (17) com uma petição na justiça do Pará sugerindo a co-responsabilização do BNDES na ação que o Ministério Público move contra fazendas e frigoríficos que participam da devastação da Amazônia por meio da pecuária.

O BNDES possui participação de capital em grandes frigoríficos como Bertin, Independencia, JBS-Friboi e Marfrig, e a idéia da Amigos da Terra é aproveitar a oportunidade para reduzir a área ocupada pelo gado no país.

O diretor da OSCIP Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, explica que o Ministério Público, através de um termo de ajuste de conduta, obrigaria o BNDES a exigir dos produtores que fizessem esta redução.

“O BNDES é o melhor avalizador, pois é sócio dos frigoríficos e também financia. Além disso, é o único que pode garantir ao ministério público que os produtores irão cumprir esta ação, que é de longo prazo”, ressaltou Smeraldi durante a Conferência Internacional do Ethos, em São Paulo.

A proposta de Smeraldi é reduzir a área onde são criados 72 milhões de cabeças de gado de 70 milhões para 25 milhões de hectares. “Imagine se o país consegue recuperar 50 milhões de hectares, o equivalente a sete Franças, e criar reservas de boi que continuarão existindo.”

O BNDES garantiria uma política de compra de carne certificada e, ao invés de uma lista negra de fazendas, seria criada uma “lista positiva”, o que ajudaria toda a cadeia de produção a levar o produto com maior transparência até o consumidor.

O Pará é apenas o primeiro estado na qual o Amigos da Terra entrará com a petição, informou Smeraldi. Cuiabá, Marabá e outras capitais do Norte e Centro-Oeste serão as próximas.

No início de junho, o Greenpeace publicou o relatório “A Farra do Boi na Amazônia”, no qual denunciou frigoríficos que compram de produtores envolvidos com o desmatamento ilegal da Amazônia.

Entre 2007 e 2009, as cinco maiores empresas da indústria pecuária brasileira, responsáveis por mais de 50% das exportações de carne do país, receberam US$ 2,65 bilhões do BNDES. Os três frigoríficos que receberam a maior parte do investimento público foram a Bertin, uma das maiores comercializadoras de couro do mundo; a JBS, a maior comercializadora de carne, com controle de pelo menos 10% da produção global; e a Marfrig, a quarta maior comercializadora de carne do planeta.


(Envolverde/CarbonoBrasil)
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

publicado por ecotv às 17:12

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O que levar a Copenhagen? Por enquanto, muito pouco

Por Silvia Marcuzzo, para a Envolverde


Pela sua importância estratégica, o Brasil deveria chegar à Convenção com uma proposta ousada, segundo Pinguelli Rosa.

O Brasil, um dos países de maior importância estratégica do mundo para o enfrentamento do aquecimento global, não está fazendo o seu dever de casa para participar da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), que será realizada em dezembro próximo em Copenhage, na Dinamarca.

O painel “O agronegócio, as mudanças climáticas e o aquecimento global: o que propor para Copenhage” deu indicações de que falta engajamento do governo, principalmente em relação a políticas de ocupação do solo, tema que foi renegado, proibido, até pouco tempo atrás. Hoje, de acordo com o mediador, o ambientalista Roberto Smeraldi, diretor da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, o cenário evoluiu. Ele acredita que o momento é importante para aprofundar a questão, pois “na América do Sul, temos 240 milhões de hectares ocupados com pastagem e 60 milhões de hectares com agricultura”, revela.

O professor Luiz Pinguelli Rosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador geral do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, afirma que o Brasil deveria chegar em Copenhage com uma proposta ousada, em defesa do uso do etanol, com um plano de mudanças climáticas com metas de redução do desmatamento, e apresentar uma alta porcentagem para o uso de energias renováveis em sua matriz energética.

Rosa reforça sua citação utilizando dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC): o crescimento de gases de efeito estufa (GEE) aumentou 70% de 1970 para 2004. De 1970 para 2005, a geração de energia elétrica aumentou 145%, o transporte 120%, a indústria 65% e a mudança uso da terra 40%.

Já Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), entidade que agrega as produtoras de 60% da cana brasileira, acredita que o debate envolve, além do empresariado, organizações não-governamentais e governos. Para ele, o setor sucroenergético desempenha um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. Na oportunidade lembrou que o setor privado tem acompanhado as movimentações para o encontro de dezembro. Inclusive informou que o setor fará um grande evento na conferência.

Ele reconhece que boa parte da redução de emissões pode ser feita com eficiência energética. Argumenta que o Brasil pode servir de exemplo para o mundo, no que se refere a energias renováveis. “Aqui, 90% dos carros já são flex, é possível encontrar álcool em qualquer posto e 25% da gasolina já vem com etanol”. E mais: “Temos duas Itaipus adormecidas nos canaviais”, adverte o empresário.

“Estamos decidindo hoje a matriz de amanhã”, salienta Jank, reforçando que a sociedade precisa se mobilizar para não aceitar o petróleo e seus derivados de baixa qualidade como combustível ou para geração de energia. O empresário defende um mercado interno de carbono, com comércio entre setores. “Hoje o Brasil só aproveita 8% do seu MDL”, alerta. A China vende 35% dos seus créditos de carbono. Para ele, há muitos problemas com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que ele espera tratar em Copenhagen.

Com um discurso conservacionista, Jank defende o desmatamento zero e acha um contracenso, desmatar para plantar cana. É favorável ao zoneamento agroecológico e, pelas suas palavras, “deve ser definido o não plantio de cana no Pantanal”. Ainda defende um maior diálogo entre as partes para resolver as questões do Código Florestal e acredita ser fundamental a normativa do Ibama para térmicas a carvão e petróleo para compensação do carbono emitido. (Envovlerde)


(Agência Envolverde)

publicado por ecotv às 17:07

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